sábado, 15 de outubro de 2011

Alta no preço do aluguel pode incentivar compra da casa própria


Com aumento de 18,1% no valor de novos contratos de locação, até que ponto vale a pena ser inquilino?

Diante dos altos valores dos aluguéis na grande São Paulo, vale a pena apertar o cinto para planejar a compra da casa própria? Talvez essa seja a pergunta mais frequente de quem pensa em se mudar e dos locatários espalhados por São Paulo. Além disso, entre os brasileiros uma questão cultural faz toda a diferença na hora de responder a essa pergunta: o sonho da casa própria.
Na hora de decidir entre compra e locação, hoje em dia o preço dos aluguéis podem ser um impulso para a compra, já que o preço do aluguel para novos contratos de locação subiu 18,1% no período de um ano em São Paulo, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Assim, não é raro a despesa com moradia acabar comprometendo boa parte da renda do inquilino. Neste cenário, pode ser mais vantajoso optar por locar um imóvel bem mais barato e planejar a compra da casa própria na localização desejada.
Pensando em uma família jovem de classe média em busca da primeira casa, podemos pensar em um apartamento de 49 m² para fazer uma comparação entre o preço do aluguel no bairro da Ponte Rasa (Zona Leste/São Paulo) e o valor de um imóvel novo no Centro de São Bernardo do Campo, com parcelas decrescentes de financiamento:

fonte: portalvgv

domingo, 25 de setembro de 2011

Caixa tem os menores juros para financiamento de imóveis.

SÃO PAULO - A Caixa Econômica Federal (CEF) é o banco que tem a menor taxa de juros para financiamentos de imóveis é também o que tem a maior, conforme levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) e divulgado nesta quarta-feira. Na CEF, a taxa anual de juros é de 6,17% para financiamentos do plano Carta de Crédito Caixa FGTS/Individual para quem tem renda entre R$ 415,00 e R$ 1.875,00, limitado esse empréstimo à compra de imóveis de valor máximo de R$ 130 mil localizados no Distrito Federal e nas cidades integrantes das regiões metropolitanas dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O prazo para pagar é de até 30 anos.
A maior taxa de juros em novembro, conforme o Creci-SP, é de 14,5% ao ano no plano da CEF chamado Carta de Crédito Caixa SBPE/Fora do SHF taxa de juros pré. O empréstimo é para pagamento em até 30 anos e o limite de financiamento máximo depende da capacidade de pagamento do candidato a mutuário, sendo R$ 50 mil o valor mínimo. A CEF financia neste caso 80% do valor do imóvel.

O levantamento feito pelo Creci-SP com oito grandes bancos apurou que a maioria dos tipos de financiamento que oferecem tem taxas de juros anuais variando entre 7,95% e 14,4%. São as taxas declaradas pelos próprios bancos em seus sites na Internet e confirmadas com as assessorias das instituições.
- O levantamento torna evidente a necessidade de o comprador de imóvel fazer uma pesquisa detalhada e cuidadosa sobre as condições dos empréstimos, consultando vários bancos, para achar o financiamento mais adequado ao seu padrão de renda e à sua capacidade de pagamento. Não é como ir pechinchar em uma feira-livre, mas certamente fará melhor negócio quem tiver mais informações sobre o que os bancos concorrentes lhe oferecem - afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.
Nas condições de crédito declaradas em seus sites, dos oito bancos pesquisados, apenas dois oferecem financiamento total de 100%, cobrindo o valor integral do imóvel - a CEF, na modalidade Carta de Crédito Caixa FGTS/Individual, e o Real/ABN em quatro de seus nove tipos de financiamentos. Os valores dos imóveis financiados variam de R$120 mil até o limite da capacidade comprovada de pagamento do mutuário. Os demais bancos oferecem financiamento de até 80% do valor de imóveis com preço a partir de R$15 mil.
De forma geral, o levantamento feito pelo Creci-SP mostra que o prazo máximo financiado é de 30 anos e que o limite de comprometimento da renda (individual ou familiar) com as prestações é de 30%. No Santander e no Unibanco, o limite é 27%.
A tabela Sistema de Amortização Constante (SAC) predomina quase absoluta entre os tipos de amortização dos empréstimos nos bancos pesquisados e a quase unanimidade deles declara adotar a TR (taxa referencial de juros) como fator de correção das prestações. O Bradesco usa o índice da poupança para atualizar esses valores.
Alguns bancos oferecem a modalidade de prestações fixas, em que as taxas de juros podem ser maiores que as dos financiamentos com prestações corrigidas ao longo do contrato. Santander, Bradesco, Real e Nossa Caixa têm vários planos com prestações fixas e diferentes opções de amortização do empréstimo.
A idade máxima do candidato a empréstimo é 75 anos, mas ela pode chegar a 80 anos com a soma da idade do mutuário e do prazo de financiamento.

fonte: Globo

sábado, 24 de setembro de 2011

O que fazer em caso de atraso na entrega do imóvel novo?


Verificamos, nos últimos anos, um acentuado crescimento do mercado imobiliário decorrente de vários fatores, dentre eles, demanda reprimida, estabilidade econômica, oferta de crédito, formalização de empregos e elevado nível de confiança da população para assumir dívidas de longo prazo.
Consolidado esse cenário positivo, a indústria da construção civil brasileira respondeu à demanda com agilidade, disponibilizando interessantes alternativas de imóveis para os mais variados tipos consumidores.
Considerando que a indústria da construção mobiliza vários agentes de produção, como instituições financeiras, empreendedores imobiliários, fornecedores de equipamentos e de materiais de construção, mão-de-obra e órgãos públicos (ou assemelhados), verificamos que quando um desses agentes falha na execução de suas obrigações, a demora repercute em toda a cadeia, provocando atraso na entrega final do imóvel ao seu comprador.
Assim, com relação à questão do atraso na entrega do imóvel ao comprador, recomendo algumas providências:
1. Inicialmente, verificar no contrato, a data prevista para a conclusão das obras e posterior transmissão da posse, atentando para o chamado prazo de tolerância.
É usual que nos contratos haja a previsão de uma tolerância de 180 dias para a efetiva conclusão das obras e entrega do imóvel, pois, em algumas circunstâncias, ainda que as obras estejam concluídas, algumas pendências de caráter burocrático não permitem a entrega formal do imóvel, justificando assim a previsão do prazo de tolerância. Podemos citar como exemplos, a demora na emissão da certidão negativa de débito do INSS referente às obras; a expedição do auto de vistoria de segurança; a expedição do Auto de Conclusão (Habite-se) ou ainda, a especificação do condomínio perante o registro imobiliário.
2. Aproximando-se da data prevista para a entrega do imóvel, o comprador pode solicitar ao incorporador informações sobre o efetivo estado da obra, bem como, das providências necessárias para iniciar, quando o caso, as providências referentes à obtenção de financiamento junto a instituições de crédito imobiliário.
3. Se ultrapassado o prazo contratual para transmissão da posse do imóvel, o comprador poderá comprovar os prejuízos materiais que esteja vivenciando. Por exemplo: aluguel do local onde esteja morando; custos com guarda-móveis que eventualmente tenham sido adquiridos pelo comprador e que não podem ser instalados no novo imóvel e outras despesas que estejam sendo arcadas pelo consumidor por conta do atraso.
O fato do comprador não ser inquilino de algum outro imóvel, e, portanto, não comprovar o gasto que teve com aluguel durante o período de atraso na entrega do novo imóvel, não significa que a vendedora (incorporadora) esteja isenta de indenizá-lo pela impossibilidade de fruição (uso) do novo imóvel a partir da data prevista para a sua conclusão e entrega.
Aliás, nota-se que algumas incorporadoras passaram a adotar essa previsão contratual, segundo a qual, na hipótese de atraso na entrega do imóvel, o comprador será remunerado com uma determinada quantia, tomando-se por base, o valor até então pago por ele.
4. Diante do atraso na entrega do imóvel, e havendo saldo do preço a pagar pelo consumidor, ele poderá formalizar para a vendedora, a suspensão dos pagamentos que estejam vinculados à entrega do imóvel, evitando-se assim, que a vendedora promova a cobrança ou a caracterização da mora do comprador.
5. Se o atraso persistir, o comprador poderá também buscar a rescisão do contrato, atribuindo assim, a culpa desse desfazimento, à incorporadora, quando então, fará jus à restituição dos valores até então pagos e demais penalidades decorrentes do descumprimento da vendedora.
O importante a destacar é que o atraso na entrega do imóvel acarreta ao comprador desconforto e danos materiais que haverão de ser indenizados por quem os produziu. No entanto, vale ressalvar, que indenização não significa enriquecimento, e, portanto, aqueles que buscarem obter vantagens que extrapolam a boa-fé e a razoabilidade, certamente não encontrarão guarida no nosso judiciário.
Por fim, recomendo que em uma situação de atraso de obra, ambas as partes busquem uma análise ponderada da situação, equilibrando os interesses de modo a evitar que essa situação, que não interessa a nenhum dos contratantes, provoque ainda maiores transtornos entre eles.

(A informação aqui prestada não tem o objetivo de responder a consultas jurídicas específicas que, por sua vez, deverão ser respondidas por profissional de confiança do interessado.)

fonte: Uol

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vai comprar a casa própria? Veja dez dicas para não errar.

O sonho da casa própria é o objetivo de milhares de brasileiros. Segundo dados da União Nacional por Moradia Popular, em junho, o deficit habitacional girava em torno de 8 milhões de unidades, o que mostra que ainda há muita gente batalhando pela primeira moradia.
Entretanto, na hora de comprar a casa própria, não basta apenas juntar o dinheiro necessário para a empreitada. É preciso observar alguns outros quesitos e assim evitar que o sonho do “lar doce lar” se transforme em pesadelo.
Dessa forma, seguem abaixo dez dicas elaboradas pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) para auxiliar na aquisição do imóvel residencial.
Finanças
1 – Quem começa a pensar na aquisição da casa própria deve começar a observar melhor as finanças. Isso porque, explica o sindicato, a compra da moradia é um dos passos mais importantes da vida, devendo ser dado com segurança. Assim, se pensou em comprar a casa própria, pense no quanto pretende e pode gastar com a empreitada;
2 – Faça suas contas. Vai pagar à vista ou precisará de financiamento? Se for necessário financiamento, pesquise os tipos disponíveis no mercado, por exemplo, será com o banco ou parcelado com a construtora durante o período de obras? Pretende utilizar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)? Considere as opções pensando nos gastos da sua família hoje e no futuro;
3 – Programe-se. Ao pensar na compra do imóvel, leve em consideração que os valores pagos durante o período da construção do empreendimento podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor, sendo que este, até a entrega das chaves, é corrigido mensalmente pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) ou CUB (Custo Unitário Básico da Construção). Após a entrega das chaves, se a pessoa não quitar o valor devido e optar pelo financiamento, as taxas irão variar conforme a instituição;
4 – Prepare o bolso. Tenha uma reserva financeira para arcar com os custos que envolvem a documentação do imóvel. De acordo com o Secovi-SP, o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e as taxas de registros cartorários correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra da propriedade;
Imóvel
5 – Além das questões financeiras, uma questão importante na hora de comprar imóveis é a localização. Decida-se pela região onde quer morar e visite-a tanto de dia como durante a noite. Analise a infraestrutura disponível no local, bem como os serviços oferecidos, como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, transporte público e áreas de lazer;
6 – Decidido o local, escolha o tipo de imóvel: usado, novo ou na planta? Pense na metragem, se quer casa ou apartamento, sendo que, no último caso, é preciso considerar também se há preferência por andar baixo, alto, por imóvel de frente ou fundos, se há vaga de garagem, varanda, área de lazer, entre outros;
Corretor
7 – Ao optar pela compra de um imóvel, sobretudo usado, diz o Secovi-SP, a ajuda de um corretor de imóveis pode ser bem-vinda. Neste caso, para não perder tempo, especifique em detalhes as características do imóvel que deseja e lembre-se de se certificar de que o corretor possui inscrição no Conselho Regional da região;
8 – Ainda neste sentido, informa o Secovi-SP, reserve uma quantia para pagar a comissão do corretor, que, em imóveis novos ou na planta, é usualmente cobrada separadamente do valor do imóvel. Já em casas ou apartamentos usados, a comissão é paga pelo vendedor;
Fique de olho
9 – Ao comprar um imóvel na planta, pesquise a história e atuação da empresa construtora, visitando uma obra já entregue por ela, se possível. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor e, antes de assinar o contrato, submeta-o a um advogado de confiança. Não deixe também de acompanhar o estágio das obras, por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet;
10 – Já se a compra for de um imóvel usado, desconfie daqueles que aceitarem propostas muito abaixo do valor pedido, pois pode ser indício de que há algo errado com o imóvel. Por fim, certifique-se do que está ou não incluído no valor do imóvel e submeta os documentos destes e do proprietário a um advogado.
 

fonte: InfoMoney

Facilidade de financiamento e aluguel valorizado tornam imóvel investimento atrativo

Quem está disposto a investir não deve contar apenas com fatores subjetivos e incertos, como boa vontade e sorte, para aumentar seu patrimônio. Além dos objetivos a serem atingidos, dos riscos que envolvem a aplicação, do retorno financeiro obtido e das opções disponíveis no mercado, é preciso avaliar as tendências econômicas, sociais e políticas que podem influenciar nos investimentos.
Neste sentido, apesar da recuperação gradativa do mercado de renda variável no Brasil, depois do abalo sofrido pela crise de crédito norte-americana, investimentos mais sólidos, como no mercado imobiliário, podem ser, no momento, mais atrativos, ainda mais com as recentes facilidades de acesso a quem quer comprar imóveis para alugá-los ou, posteriormente, vendê-los mais valorizados.
"Com juros mais baixos, riscos baixos e a solidez contra confiscos, o investidor que aplica em imóveis tem vantagens diferenciadas das demais aplicações financeiras", argumenta a empresa do ramo imobiliário Tibério Construções e Incorporações.
Mais facilidades Dentre as novas medidas que ampliaram o acesso ao financiamento, está a que permite aos trabalhadores que recebem acima de R$ 4,9 mil utilizar recursos do FGTS para comprar imóveis. Anteriormente, esses consumidores teriam de procurar os financiamentos com recursos livres dos bancos ou da poupança (SFH), cujas taxas de juros são mais altas.
Além disso, o Conselho Curador do FGTS decidiu aumentar o valor do imóvel a ser financiado, de R$ 130 mil para R$ 350 mil, sendo que cotistas do fundo podem ter direito a R$ 245 mil de empréstimo.
Outra novidade, desta vez anunciada pela Caixa Econômica Federal, foi de redução da taxa de juros pós-fixada para financiamentos de imóveis com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), para mutuários que optarem pagamento em conta-corrente no banco ou consignado. Dependendo da modalidade a ser contratada, a queda é de 1% ao ano.
Aluguel mais valorizado "Hoje, comprar imóvel tem sido cada vez mais fácil, seguro e barato. Em contrapartida, o aluguel de imóveis tem sofrido um aumento de preços desde 2003, devido à demanda crescente de quem não comprova renda familiar suficiente para adquirir um financiamento e precisa morar em imóvel alugado", afirma a Tibério.
Comprovando a afirmação, em artigo publicado recentemente, o presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, aponta que o valor da locação mais do que dobrou na capital paulista, entre 2003 e 2008. Se naquele ano o aluguel representava 0,5% do preço do imóvel, hoje vale, no mínimo, 1%, chegando, em alguns casos, a 1,5%.
"Isso transformou o setor em um dos mais cobiçados para os investidores", afirmou. "Recentes divulgações apontam uma migração da população para a periferia da cidade de São Paulo, uns por necessidade de economia, outros por busca de maior tranqüilidade e qualidade de vida para si e sua família", completou.
Cautela O futuro investidor não deve, entretanto, deixar se levar apenas pelas vantagens do mercado imobiliário aquecido e pelas facilidades que encontrar para adquirir uma propriedade. Antes de aplicar suas economias, o investidor deve avaliar cada detalhe do contrato, dando atenção especial a itens como forma de pagamento ou localização do imóvel que pretende comprar.
Além disso, como já mencionado, é preciso definir previamente um objetivo para fazer a melhor escolha. "Se for viver da renda do aluguel de imóveis, o ideal é optar por imóveis de dois a três dormitórios, cuja locação é mais rápida que os imóveis de mais cômodos. O prazo médio de locação destes imóveis é de cerca de 30 dias", explica Tibério.

fonte: InfoMoney

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sugestão: Alto padrão

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TIROL WAY na VEJA - Complexos imobiliários de uso misto. Residencial e comercial.

O aumento do número de carros em circulação nas ruas das grandes cidades – efeito direto do desenvolvimento econômico e da ascensão de 30 milhões de brasileiros à classe média na última década – tem implicado algo a mais que conforto e independência. Sem o devido acompanhamento de melhorias na infraestrutura urbana, este fenômeno tem se traduzido em perda de qualidade de vida para muitos brasileiros. Um levantamento realizado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) aponta que o total de veículos no país mais que dobrou nos últimos dez anos (expansão de 119%), atingindo 64,8 milhões em dezembro do ano passado. Diante disso, a mobilidade nas metrópoles só piora e faz com que as pessoas procurem maneiras de reduzir as horas perdidas em congestionamentos – da mesma forma que buscam mais tempo para o lazer e a família. A sensação de insegurança é outro fator a aprofundar essa demanda. De olho nessa tendência, as construtoras decidiram ressuscitar um modelo de empreendimento que há tempos não vivia uma onda de investimento tão expressiva: os complexos imobiliários de uso misto São edificações que misturam residências, escritórios, lojas e, em alguns casos, shopping centers inteiros. Exemplos mais recentes incorporam até hotéis, escolas e centros de convenções.
Construtora: Rossi
Características: O projeto prevê uma torre comercial e duas residenciais, dispostas em um terreno de seis mil metros quadrados no bairro Tirol, na zona sul de Natal.
Quando ficará pronto: Construtora não divulga.
Preço: O metro quadrado residencial custa em torno de 5.000 reais e o comercial, aproximadamente, 6.800 reais.

Pioneirismo paulistano – Esse formato não é novidade no Brasil, principalmente em São Paulo. Na década de 50, o arquiteto David Libeskind projetou o Conjunto Nacional, no bairro dos Jardins, um empreendimento de uso misto visionário para a época. O edifício – que é um dos cartões postais da tradicional Avenida Paulista – inclui um vasto pavimento térreo com restaurantes, cinema, lojas e livraria. Os paulistanos, aliás, conhecem há décadas os problemas derivados do crescimento desornado e o desconforto de morar longe do trabalho. O surgimento, na década de 70, do bairro residencial Alphaville em Barueri, na Grande São Paulo, já era uma tentativa de possibilitar que executivos morassem perto das empresas que se instalaram nas redondezas.
Na última década, entretanto, outras cidades, não necessariamente capitais, começaram a enfrentar problemas de mobilidade e violência urbana – e esse tipo de moradia passou a ser cada vez mais aceito. Grandes construtoras brasileiras, como Brookfield, Rossi, Gafisa e Cyrela, apostaram pesado nesse formato nos últimos três anos. “Temos terrenos comprados em quase todas as regiões do Brasil destinados a projetos de uso misto”, conta Thiago Faraco, gerente de incorporação da Rossi. O executivo explica que esse modelo adequa-se bem a cidades dinâmicas, não necessariamente grandes. A Rossi acaba de lançar, na mineira Juiz de Fora, um empreendimento que inclui lojas, escritórios e residências.
Outra construtora que aposta nesse formato é a JHSF. Desde a construção do luxuoso complexo Cidade Jardim em São Paulo, em 2007, esse modelo de empreendimento já representa 50% do Valor Geral de Vendas (VGV) – a soma do valor potencial de venda de todas as unidades de empreendimentos a serem lançados – da incorporadora. “Vejo essa tendência em dez ou quinze grandes cidades brasileiras”, avalia Luciano Amaral, diretor da JHSF. A construtora lançou recentemente em Salvador o complexo Horto Bela Vista. De tão grande, o Horto aproxima-se mais do conceito de um bairro planejado. Em um terreno de 340.000 metros quadrados, próximo ao centro, o complexo vai agregar 19 torres residenciais, três comerciais, um hotel, o terceiro maior shopping da Bahia e uma escola particular.
Custos – Além da demanda impulsionada pelos problemas de mobilidade e segurança, os custos do mercado imobiliário têm motivado as construtoras a investirem em projetos de uso misto. A inflação no setor, por exemplo, assusta. De janeiro a julho, o Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) – que é parte do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas – acumula um acréscimo de 6,15%. O desempenho do próprio IGP-M, no mesmo período, é praticamente metade disso: alta de 3,03%.
Os custos no setor pressionam as margens das construtoras, que, em reação, procuram investir em segmentos mais rentáveis. Estimativas do setor apontam que os empreendimentos mistos costumam render, em média, 20% mais que aqueles totalmente residenciais. Como o metro quadrado comercial é mais caro, o “mix de preço” acaba viabilizando o projeto. “Os poucos terrenos disponíveis nas grandes cidades, sobretudo no Rio de Janeiro, sofreram valorização excessiva nos últimos anos. Somam-se a isso o apagão de mão de obra da construção civil e o aumento dos custos dos materiais. Se não for misto, às vezes o projeto fica inviável”, explica Fábio Lopes, presidente da carioca MDL Realty, que acabou de lançar, no último fim de semana, um projeto desse tipo em Botafogo, chamado Vogue.
Alto padrão – O fato de torres comerciais e shoppings ajudarem a rentabilizar os empreendimentos não significa que os apartamentos nestes complexos saiam em conta. Ao contrário. O preço da comodidade de morar num lugar em que tudo está à mão é bastante alto. Um apartamento no Vogue, por exemplo, não sai por menos de 800.000 reais. “O perfil de consumidores que esses empreendimentos mais atraem normalmente é de executivos que mudaram de cidade ou precisam dividir seu tempo entre duas moradias diferentes”, afirma Thiago Faraco, da Rossi.


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fonte: Veja